1. Um genérico é igual ao medicamento de marca?
Segundo o Infarmed, um medicamento genérico tem a mesma substância ativa, forma terapêutica e dose ou concentração, e a mesma indicação terapêutica que o medicamento original que serviu de referência. Atuam no organismo humano da mesma forma que o medicamento de marca e cumprem as mesmas normas de qualidade, seja no desenvolvimento, no fabrico, no controlo de qualidade e nas condições de fornecimento.
2. Porque são os genéricos mais baratos?
Durante os primeiros anos de comercialização dos medicamentos de marca, estes estão protegidos por patentes. É uma forma de garantir a exclusividade e recuperar o dinheiro gasto em investigação. Para ter uma ideia, criar um medicamento inovador é um processo bastante dispendioso e muito moroso.
Segundo o Infarmed, para que seja possível às empresas rentabilizar este investimento e libertar recursos para a investigação de outros novos medicamentos, a substância activa dos medicamentos originadores está protegida habitualmente por patente que garante a exclusividade de 20 anos. Depois de a patente terminar, podem então ser produzidos genéricos com as mesmas características.
Os genéricos são mais baratos, simplesmente, porque não têm a cargo os gastos com a investigação e o desenvolvimento que falámos antes. Só isso. Aliás, por lei, os genéricos têm de ser, pelo menos, 50% mais baratos do que os medicamentos de marca.
Há medicamento mais barato?
Pode consultar os preços dos medicamentos no site do Infarmed em Pesquisa Medicamento. Pode fazê-lo ainda através da app eMed.pt – Poupe na receita ou contactar a Linha do Medicamento (800 222 444, gratuita).
3. Os genéricos são visualmente iguais aos medicamentos de marca?
Nem sempre. É uma opção do fabricante. Podem existir diferenças na forma, no tamanho e na cor. Mas, de acordo com o Infarmed, estas diferenças não comprometem a qualidade, a segurança e a eficácia do medicamento genérico. Todos os medicamentos, tanto genéricos como originais, têm de ser autorizados pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) ou pelo Infarmed, que é a autoridade nacional de saúde em Portugal.
4. O médico prescreve diretamente genéricos?
Não. Os médicos identificam nas receitas – eletrónicas ou em papel – a substância ativa (pela Denominação Comum Internacional – DCI), com a dosagem e a forma farmacêutica adequadas. Podem acrescentar a marca do medicamento quando não existem alternativas no mercado, em casos de alergia ou reação adversa prévia, em tratamentos superiores a 28 dias ou com medicamentos de margem terapêutica estreita. Estas são as únicas situações em que, atualmente, a prescrição por marca é possível. Fora isso, e no caso de haver medicamento genérico disponível, cabe à farmácia informar essa existência e o preço mais baixo disponível. A escolha é de quem compra.
5. Comprar genéricos significa poupança para o SNS?
É verdade que não é só o doente a pagar menos pelo medicamento. Os genéricos geram poupanças substanciais também para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta poupança permite que os sistemas de saúde nacionais tenham mais recursos para tratamentos e serviços dispendiosos, o que possibilita o acesso da população a novas terapêuticas. Quem compra paga menos, o preço dos genéricos continua a baixar em conformidade e, no geral, a saúde dos portugueses melhora.
Fonte: Infarmed, site boasescolhas.pt