Sabia que, todos os anos, 10 mil portugueses sofrem de enfarte do miocárdio? Em caso de atraso no diagnóstico e tratamento, uma parte do miocárdio pode morrer, o que significa que perde alguma capacidade para bombear o sangue. Daí, surgem as sequelas temidas: falta de ar, incapacidade de realizar esforços, dor de peito, novos internamentos e maior risco de novos enfartes. Por outro lado, quando o diagnóstico e o tratamento são atempados, é possível salvar o miocárdio e minimizar as complicações.
O que é um enfarte do miocárdio?
Em linguagem comum, é conhecido por ataque cardíaco. Segundo o portal SNS24, acontece quando uma das artérias do coração fica obstruída por um coágulo, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco deixe de funcionar por falta de oxigénio e nutrientes.
O miocárdio é o músculo do coração que envia o sangue para o resto do corpo. Para funcionar corretamente, precisa do sangue que as artérias coronárias fornecem.
Sintomas e sinais de um enfarte do miocárdio
A dor intensa é, de facto, o sintoma mais frequente e reconhecido. Mas há outros sinais que, normalmente, acompanham esta dor:
- Dor abdominal (acima do umbigo) que se pode estender para os braços, costas e maxilar
- Náuseas e vómitos
- Suores
- Falta de ar
- Tonturas
Estes sintomas perduram, habitualmente, por mais de 20 minutos, mas também podem ocorrer de forma intermitente, repentina ou gradualmente ao longo de vários minutos. Em caso de suspeita, deve contactar de imediato o 112 ou pedir a alguém próximo para o fazer. Este passo é fundamental, já que quanto mais rápida for a atuação da assistência médica, maior probabilidade tem de recuperar de um ataque cardíaco.
Fatores de risco para um enfarte do miocárdio
- Tabagismo
- Colesterol alto
- Diabetes
- Hipertensão arterial
- Excesso de peso
- Sedentarismo
- Stress
- Idade (a prevalência é maior com o aumento da idade)
Quem corre mais risco ou está mais vulnerável?
– Homens acima dos 50 anos e mulheres com mais de 60
– Diabéticos
– Hipertensos
– Pessoas com colesterol alto, sobretudo não controlado
– Fumadores
– Pessoas que já sofreram um enfarte do miocárdio antes
– Pessoas que têm na família antecedentes de enfarte do miocárdio, já que a genética pode também influenciar
É possível prevenir?
Há fatores de risco, como vimos em cima, que não são controláveis – como a idade, o sexo ou a hereditariedade. Contudo, ao adotar um estilo de vida saudável, pode mudar a realidade de uma prevalência maior de enfarte do miocárdio. Invista numa rotina saudável! Esta é a melhor forma de prevenir:
- Deixe de fumar
- Adote uma alimentação equilibrada e controlada
- Faça exercício físico com regularidade
- Se tem excesso de peso, tente reduzir para os valores adequados
- Evite bebidas alcoólicas
- Controle ativamente os valores da pressão arterial, do colesterol e da diabetes
- Cumpra a medicação instituída pelo médico e não falhe as consultas de rotina